quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Deixando uma pétala pelo mundo. Só para facilitar o entendimento de muitas outras coisas.


Sozinha, descobrirei qual o desenho que vejo na lua.
Há algo para vc na caixa de entrada.
Talvez uma saída.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Lua e Flor


Fugir de você?
Como é que foge de pensamentos?
Como é que foge de um sentimento que se apossa de mim nesse momento?
Como é que foge da vontade?
Como é que foge de um bichinho chamado Saudade?

Todos os dias tento fugir do poço da vaidade que nos cerca,
Não tenho três orações para rezar, peço Piedade.
Durante o dia, por vezes, a sua voz ecoa, e vem para me enlear.
Mas qual o motivo de você retornar?
Só sei que a sua curiosidade é uma preciosidade.
E ao menos isso, eu quero levar.
Peço Piedade.

Queria que você fugisse dela.
Eu fugiria com você.

O alimento que tenho é pouco.
E Ele?
Ele pede para que eu não fuja.
E fica impassível.
Será que não sabe que fugir Dele é impossível?
Sim... Ele sabe.
E enquanto isso eu vou ficando mais sensivel.

Desnudar.
Tornar-me transparente e acessivel.
Não tenho mais medo.
Rasgo minha pele se preciso.

Algo me diz que...
Algo não me diz nada.
Eu digo para mim mesma:
"Tenha calma, é só efeito da lua ...
Tenha calma, é só um feito na Rua"



"São demais os perigos desta vida pra quem tem paixão
Principalmente quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma musica qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher
Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer de tão perfeita
Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua"
(Toquinho e Vinícius de Moraes)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Alguém me fez voltar aqui.



Quanto tempo que não escrevo ...
Poucos sabem da existência disso aqui.
E talvez por isso,
não tenho cobranças nenhuma.
A verdade
é que não tenho cobrança
nem comigo mesma.
Porque aqui é minha liberdade. É minha companhia.
É aqui que volto a hora e o dia que quero.
E falo... penso... sinto...
É aqui que tenho a certeza de que, mesmo passando meses sem escrever, estou viva.
Existo.Insisto.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008



por que alguém precisa viver?



São 23:49 da noite. Noite de Quinta-Feira. Dia 7.De um mês com pouco gosto. À gosto de que ou de quem ele resolveu me escrever tais palavras?
Estou com os pés regelados, as mãos trêmulas e o coração apertado. Sim. Causa e consequencia existem. Nesse caso quase existiu. Hoje fico sabendo que quase fui a causa de uma trágica consequência. "Não existe culpados". O que é que existe então?
Em uma noite chuvosa da Bahia, alguem te despeja que você quase foi a causa de um suicidio.
Suicidio. "Ato que consiste em pôr fim intencionalmente à própria vida".
Diante disso me pergunto insistentemente usando um casaco amarelo e luvas pretas. Luvas pretas na Bahia? Sim. Para me segurar de uma triste mania: ferir os próprios dedos ate sangra-los e ficarem doloridos ou latejandos durante toda a noite, interrompendo sonhos. Seria este um pequeno ato suicida?
Então estou me suicidando aos poucos, alias, estou suicidando aos poucos, porque quem está suicidando, está se suicidando entao eu estou me suicidando e assim preciso falar apenas: eu suicidando. ou ate: Suicidando. Suici DANDO.
Dando o que? Dando fim na sua própria oportunidade de vida, dando espaço para um outro ser, abdicando e dando um não para aquela missão, para aquela vivência, para aquelas pessoas? Dando, dando, dando o que hein? Dando um exmplo de fraqueza? Um grito de desistencia?


(interrompo aqui a vida de um texto. Não o mato. Nem ele suicida-se. Pede apenas pausa, para que ideias preencham-no de vida.)

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Se o medo que tens é do meu nome,
Chama-me de Rita, de Maria,ou até de Francisca.
Chama-me como queiras chamar, pode até mesmo asosbiar.
Chama-me e ouvirei-te ainda que distante, chama-me
E em algum instante estarei sendo tua
Chama-me de Flor, de Pétala ou de Lua.

E assim neste dia, enfim, serás meu,
Sem medo, sem receio, vc meu Romeu.
E com dois Ls eu voltarei a ser tua, sendo JuLLieta para que tudo flua.



... Pra você...



ROMEU - Que luz reluz através daquela janela? É o Oriente e Julieta é o sol!... É minha dama! É o meu amor!

JULIETA - Ai de mim!

ROMEU - Fala anjo luminoso!

JULIETA - Que homem és tu, que surpreende de tal modo meus segredos?

ROMEU - Meu nome, adorada, é odiado por mim mesmo porque é teu inimigo...

JULIETA -Não és Romeu? Não és um Montecchio?

ROMEU - Nem um nem outro, formosa donzela, se os dois te desagradam.

JULIETA - Como chegaste até aqui, dize-me e por quê?

ROMEU - Com as asas do amor, transpus estes muros, porque os limites de pedra não servem de empecilho para o amor. E o que o amor pode fazer, o amor ousa tentar. Assim teus parentes não me são obstáculos.

JULIETA - Se te virem, matar-te-ão... Ó Romeu, Romeu! Por que és Romeu? Renega teu pai e recusa teu nome; ou, se não desejares, jura-me somente que me amas e não mais serei um Capuleto.

ROMEU - Continuarei a ouvi-la ou vou falar-lhe agora?

JULIETA - Somente teu nome é meu inimigo. Tu és o mesmo sejas ou não um Montecchio...

ROMEU - Tomo-te a palavra. Chama-me apenas de amor e serei de novo batizado. Daqui para diante, jamais serei Romeu.

SHAKESPEARE

quarta-feira, 4 de junho de 2008

"A Flor da Pele"

Não.
Não estou.
Preciso sempre estar.
Preciso ser sempre assim.
Preciso estar.

À Flor da Pele.

E só sinto o viver.
Se assim estou eu a estar.
E assim, não deixo estar.
Preciso ser - estar.

À Flor da Pele.

Para viver.
Sim. Estar. À Flor. Viver. da Pele.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Le m bra n ças


"A tempestade passou, que ar agradável".

É citando Tchekhov, que retorno.
Recomeço uma nova caminhada por um bosque, ou melhor, por um blog, há tempos, desabitado.
Retorno com sede de vida e de futuro, apesar de buscar também alimentos na lembrança aonde pude guardar um sabor, um cheiro, um toque...

A lembrança, ninguém pode tirar.

Podem arrancar milhares de flores de um bosque e de um jardim, mas as lembranças permanecerão nelas...

As tempestades podem devassar... mas tempos agradaveis virão. Sempre.